O segundo dia do 37º Congresso do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, realizado pelo COSEMS/SP, começou com um importante debate sobre os impactos das mudanças climáticas na saúde pública, tema do evento deste ano. Denominado “Grande Conversa”, o debate foi coordenado pelo presidente do COSEMS/SP, Geraldo Reple Sobrinho, e reuniu mais de mil participantes no auditório David Capistrano.
O público teve a oportunidade de ouvir as apresentações de Agnes Soares da Silva, Diretora do Departamento de Vigilância Ambiental do Ministério da Saúde; Cláudia Collucci, Repórter da Folha de São Paulo; Ladislau Dowbor, Professor Titular do Departamento de pós-graduação da PUC-SP; Odairo José da Silva, Especialista em clima do projeto Hospitais Saudáveis; e Priscilla Campos, Consultora Nacional da OPAS para mudanças climáticas e saúde do trabalhador.
urante o encontro, Priscilla Campos destacou que atualmente, 9 em cada 10 pessoas respiram ar poluído, resultando em aproximadamente 7 milhões de mortes anuais por exposição à poluição atmosférica. Além disso, alertou para as projeções alarmantes de que até 2030 mais de 132 milhões de pessoas poderão viver em extrema pobreza devido às mudanças climáticas, e até 2050, ao menos mais 21 milhões de pessoas poderão morrer devido aos riscos à saúde causados por essas mudanças. “Aqueles que menos contribuem para o problema são os mais afetados por seus impactos”, enfatizou Campos.
A diretora do Departamento de Vigilância do Ministério da Saúde, Agnes Soares da Silva, ressaltou a necessidade urgente de criação de políticas públicas para mitigar os danos causados pelas mudanças extremas no clima, especialmente nas regiões sul do país. “Dentro desse contexto, as políticas públicas são essenciais, e a saúde, em particular, desempenha um papel fundamental de salvar vidas e prevenir doenças”, afirmou Silva. Ela ainda destacou a importância de uma abordagem baseada na equidade para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
O 37º Congresso do COSEMS/SP promove discussões relevantes e a busca por soluções para os desafios na saúde pública, especialmente diante das crescentes ameaças das mudanças climáticas.